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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABEYLARD PEREIRA GOMES
( BRASIL – PARANÁ )

 

Abeylard Pereira Gomes, nascido em 1º de julho de 1915, que atuou em diversas comarcas fluminenses, entre elas, a de Volta Redonda, de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu.
Natural de Imbituva, Paraná, tomou posse na magistratura em 15 de julho de 1952, iniciando a sua carreira em Natividade. No ano seguinte, foi removido para a Comarca de Itaperuna, na qual ficou até ser transferido para a de Piraí, em 1955.

Em 16 de julho de 1956, alcançou a titularidade da Comarca de Volta Redonda, permanecendo na região, por quatro anos, até ser promovido, em 30 de agosto de 1960, para a Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, na qual ficou por pouco tempo, removendo-se, em 29 de agosto de 1961, para Nova Iguaçu. Em 1962, foi para a 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias. Em 12 de agosto de 1968, foi promovido ao cargo de substituto de desembargador, e em 1977, alcançou o ápice da carreira. Em 02 de maio de 1984 foi eleito 3º vice-presidente do TJ do Rio, vindo a se aposentar em 27 de junho de 1985, após atuar durante 33 anos no Judiciário Fluminense.
Faleceu em 22 de junho de 1999, na cidade de Niterói.
Foi autor de várias obras literárias, entre elas, a "Toga e a Lira" e "Reminiscência de um Juiz de Casamento".

 

A TOGA E LIRA: coletânea poética. Abeylard Pereira Gomes ...[
et al.: apresentação por Fernando Pinto.   Rio de Janeiro: Record, 1985.  224 p.                      Ex. doação do livreiro BRITO, Brasília


CÂNTICO DO HOMEM LIBERTADO

Enfim, meu irmão, posso dizer:
Sou livre,
Livre, principalmente, de mim mesmo
E das minhas angústias,
Dos meus conflitos interiores e
Livre para romper os preconceitos
Que avassalam os homens.

Enfim, meu irmão, posso falar:
Venci os sentimentos egoísticos que me dominavam,
Superei todas as minhas frustrações,
Esqueci agravos e injustiças,
Sufoquei no coração todos os ódios,
E hoje amo as criaturas humanas,
Para mim, todas as criaturas humanas são iguais,
Porque cada uma delas traz em si,
Nas suas células
E nos seus átomos,
A essência da Divindade.

Enfim, meu irmão, posso exclamar, purificado,
Antes de chegar ao fim da caminhada:
Eu sou um homem completamente livre,
Livre do medo em todas as suas formas;
Livre como as ondas do mar selvagem,
Livre como os ventos da noite que me acariciam,
Livre para a tristeza e
Livre também para a alegria,
Livre para ir e para chorar,
Livre para viver e
Livre também para morrer.

Não ser, porventura, a Morte,
a suprema
LIBERDADE?

 

 

       A POESIA CHEGOU

A Poesia chegou
Quando não a esperava mais.


A Poesia chegou
E inundou todo o meu ser,
Todas as minhas raízes,
O Grande Mar,
O Mar Absoluto.

A Poesia chegou
Na hora de entardecer,
Que teve, por instantes,
O clarão do meio-dia.
A Poesia chegou
Quando, lúcido e tranquilo,
Vejo aproximar-se o fim inevitável.

A Poesia chegou
E conduziu-me, em seus braços,
Pelos percorridos caminhos da infância,
E quanta emoção senti nessa viagem de volta,
Quanta emoção no reencontro com o menino
do passado.

A Poesia chegou
E encheu de beleza a minha vida,
A Poesia chegou
E encheu de pureza a minha vida,
A Poesia chegou
E deu nova destinação à minha vida.

A Poesia chegou
E retirou a secura do meu coração,
Que desabrochou qual uma flor.
A Poesia chegou
E me tornou mais humano,
Mais amigo dos outros homens,
Meus irmãos.

A Poesia chegou
E realizou o milagre
De fazer com que eu fosse o intérprete
Da angústia, do sofrimento universal
Num momento de desalento
E tragédia da vida dos povos.

Bendita a consoladora Poesia,
Mil vezes bendita,
Assim na terra como no céu,

MIL VEZES BENDITA!



O CINEMA


Domingo era o dia
De assistir à fita,
em série,
do “mocinho”,
que se salvava,
sempre,
escapando,
no último momento,
da morte
que
parecia
inevitável.

Tom Mix,
Hoot Gibson,
Buck Jones,,
William S. Hart,
quanta saudade
das suas lutas e
das suas
cavalgadas.

E enquanto na tela pequenina,
trocavam tiros
“bandido” e “mocinho”,
segundo as leis do
velho Far-west,
no salão,
indiferentes
aos assobios
e à grita
espontânea
das crianças,
a pianista
com o imenso nariz que Deus lhe deu,
“assassinava” o
INSTRUMENTO,
De maneira
sádica e
impiedosa...


*

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Página publicada em junho de 2023     


 

 

 
 
 
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